quarta-feira, 20 de abril de 2011

(51 anos de Brasília)

Epílogo brasiliense


a cidade morre
no domingo
mais estranha
do que tensa

pombos devoram
restos de civilização
em vias desertas
transversais

o silêncio paira
na gravidade
dos subterrâneos
sem homens

sons do vazio
reverberam
imagens do nada
nos edifícios

melancolia fria
sobre a geometria
que se encerra
em ângulos retos

tudo se finda
um sol estúpido
estanca a liquidez
da tarde.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Lição de filosofia numa quinta


hoje não quero
futilidades
estou profundo

a vida passa
em uma
semana

e eu nem parei
para pensar
o mundo.

terça-feira, 12 de abril de 2011